A paralisação, que abrange os trabalhadores de operação, comando, controlo, informação, gestão de circulação e conservação ferroviária da IP, está relacionada com as condições de trabalho e vencimentos da profissão, segundo explicou à Lusa, Adriano Filipe, presidente da Aprofer — Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário.
“Os motivos desta greve são os mesmos” da paralisação que tinha sido convocada para setembro de 2022, lembrou, indicando que a IP se tinha comprometido a negociar um acordo, mas isso não aconteceu desde então.
“O acordo seria fechar as negociações e compromisso de paz social até 31 de dezembro de 2023, mas face ao incumprimento por parte da IP, resolvemos decretar greve a partir do início de janeiro e será uma greve que, até que haja um acordo ou uma mudança de posição, irá continuar”, afirmou.
Estes trabalhadores, distribuídos essencialmente por centros de comando operacionais (CCO), que controlam todo a operação ferroviária a nível nacional, exigem a regularização da sua profissão.
A greve poderá também afetar a circulação dos comboios na quarta e na sexta-feira, esclareceu a CP, numa nota publicada no ‘site’.
Nos dias de greve, estão garantidos serviços mínimos, com a previsão de circulação do Alfa Pendular e Intercidades, Regional, InterRegional e Internacional, Comboios Urbanos do Porto, Comboios Urbanos de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa.
Todas as informações sobre os serviços mínimos garantidos dos comboios podem ser consultadas no ‘site’ da CP.
A CP refere ainda que, para os clientes que já adquiriram bilhetes para viajar nos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, a empresa de transporte ferroviário procede ao reembolso total do valor do bilhete ou à sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e classe.