Alfredo Graça, especialista da Meteored Portugal (tempo.pt), lançou a previsão do tempo em Portugal para as próximas semanas. “A primeira quinzena de abril tem sido geralmente dominada por anomalias térmicas positivas significativas. Apesar de alguns dias de precipitação e poeiras do Saara, em grande parte do referido período, têm imperado as altas pressões, o que resulta num estado do tempo estável e maioritariamente soalheiro no nosso país“, explica.
“No curto e médio prazo não se verificam mudanças significativas em relação ao atual padrão meteorológico. Porém, o modelo de referência da Meteored já vislumbra a possibilidade de alterações do ponto de vista meteorológico para os últimos dias de abril em Portugal continental, Açores e Madeira“, acrescenta.
Precipitação poderá regressar a Portugal nos últimos dias de abril
Sem novidades no que diz respeito à chuva para o curto e médio prazo, um olhar para os últimos dias de abril permite vislumbrar a possibilidade de alterações nas condições meteorológicas em Portugal.
De acordo com o modelo de referência da Meteored (ECMWF), uma boa parte das regiões portuguesas poderá registar anomalias de precipitação positivas na última semana de abril.
A possibilidade de chuva acima do normal para os últimos dias de abril, potencialmente manifestada através de períodos de chuva ou aguaceiros e trovoadas, verifica-se para parte do Nordeste Transmontano, Beira Alta, Beira Baixa, Viseu Dão-Lafões, Ribatejo, Alentejo, Açores e Madeira.
Segunda quinzena de abril com frio ou “temperaturas mil”?
A última atualização dos mapas de anomalias médias semanais de temperatura insiste na continuidade do calor “fora de época” em Portugal continental, Açores e Madeira para a segunda metade do mês.
Isto evidencia-se pela observação de anomalias térmicas positivas significativas – entre 1 e 3 ºC acima do habitual – para todas as unidades territoriais portuguesas. Assim, tendo em conta o atual panorama de previsão, tudo indica que a segunda quinzena de abril não irá assinalar o regresso do frio, mantendo, isso sim, as “temperaturas mil”.