O anúncio foi feito pela empresa em comunicado e surge na sequência de um parecer da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), segundo o qual as autarquias devem regularizar “com a maior urgência” as compensações financeiras por obrigações de serviço público (OSP).
“A AMT considera que este impasse não pode nem deve prolongar-se no tempo, pela incerteza que causa, tanto nos operadores do Grupo AVIC, como nos passageiros, tendo sido recomendado às autoridades de transporte (AT) envolvidas que regularizem com a maior urgência a situação dos pagamentos do SPTP efetuado nas suas áreas geográficas de abrangência”, pode ler-se no comunicado enviado pelo Grupo Avic às redações.
“Esclarecida essa questão pela autoridade competente, que lhe dá o necessário conforto para ser compensado nos termos que sempre defendeu, o Grupo AVIC decidiu repor em funcionamento, a partir do próximo dia 25 de junho, os serviços que suspendeu”, anuncia.
Em causa está o braço de ferro entre a grupo AVIC e a Câmara de Viana do Castelo sobre o valor proposto para compensação por quilómetro percorrido por dia, atribuída às operadoras, ao abrigo dos apoios do Governo aos transportes públicos.
A empresa de transportes diz ter chegado ao limite e acusa a autarquia de não pagar o valor justo, criando prejuízos diários.
O grupo pediu uma compensação por obrigação de serviço público de 285€ por dia até 100 quilómetros percorridos. A Câmara propôs o mesmo valor, mas por 125 quilómetros.
Sem consenso, a transportadora suspendeu três circuitos.
Mediante a suspensão, a Câmara de Viana assumiu, a título excecional, o transporte dos circuitos urbanos da cidade e freguesias afetadas.
A polémica estende-se também a Ponte de Lima. Recorde-se que o presidente da Câmara disse não poder aumentar o valor das compensações pelo serviço público de transporte de passageiros (SPTP) enquanto o grupo Avic “não comprovar que teve aumento de custos”.