Questionado pela comunicação social, o Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, António Saraiva, resumiu a intervenção da Instituição dizendo que “as principais prioridades são salvar vidas e apoiar as comunidades afetadas pelos incêndios“. “A CVP apela à solidariedade da sociedade civil e lembra que a colaboração de todos é crucial para garantir a segurança das comunidades afetadas pelos incêndios“, acrescenta.
Esta operação, que teve início a 15 de setembro, está a ser coordenada em estreita colaboração com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), adaptando-se às necessidades específicas de cada incêndio e região afetada.
A CVP está a prestar apoio humanitário, médico e logístico crucial, reforçando os esforços nacionais para a resposta a estas emergências. Esta operação conta com a mobilização de 100 colaboradores e voluntários da Cruz Vermelha, destacados para diversas regiões do país.
Os recursos envolvidos incluem:
• Oficiais de Saúde Mental e Apoio Psicossocial (SMAPS), especializados em apoio a populações em crise, proporcionando acompanhamento psicológico a vítimas e comunidades afetadas pelos incêndios;
• Oficiais de Ligação destacados em Postos de Comando, garantindo a coordenação eficaz das operações entre as várias entidades no terreno;
• Quatro Veículos de Transporte Múltiplo para apoio a evacuações e transporte de populações em risco;
• 46 Técnicos de Emergência Médica, distribuídos por 23 Ambulâncias de Suporte Básico de Vida, a prestar assistência médica de emergência;
• Equipas médicas para permitir a continuidade de cuidados do Serviço de urgência básico de Águeda, em articulação com a unidade de saúde local da região de Aveiro;
• Dois Veículos de Comando e Comunicação, assegurando uma rede de comunicação eficiente e contínua entre as várias equipas de intervenção;
• Ativação da Equipa Nacional de Resposta a Desastres, equipada com um Veículo Aéreo Não Tripulado (UAV) para monitorização dos incêndios e apoio às operações de vigilância e planeamento estratégico;
• Um Abrigo Temporário de Emergência, destinado a acolher deslocados e garantir condições seguras e dignas às populações afetadas.
Ao todo, às 14:30 horas desta terça-feira, há ainda 179 ocorrências, 56 delas em curso, 56 em fase de conclusão, 53 em despacho e 14 em resolução. No total, de acordo com a Proteção Civil, quase 6 mil operacionais, apoiados por cerca de 1800 meios terrestres e 32 aéreos.