No desenvolvimento da referida investigação foi possível apurar e recolher indícios que implicam também estes três arguidos na autoria dos factos, com alternância nas suas participações.
Recorde-se que aos dois homens detidos em setembro, já lhes havia sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
Conforme comunicado anterior, publicado a 20 de setembro, a investigação teve início 25 de junho quando foi reportado a esta Polícia que um grupo de homens, se fez passar por inspetores da PJ, simulando uma busca na residência e numa empresa de um empresário de Fafe, munindo-se para o efeito de autorizações judiciais contrafeitas e devidamente equipados com coletes, crachás e outra indumentária típica deste serviço de segurança, evidenciando algum profissionalismo e confiança na suposta diligência, logrando a aparente apreensão de ouro, relógios, documentos e dinheiro, cujo valor ultrapassou largamente os cem mil euros.
No prosseguimento da investigação por parte do Departamento de Investigação Criminal de Braga e a consequente partilha de informações com a Diretoria do Norte e com a Guarda Nacional Republicana, vieram a ser contabilizados factos delituosos análogos em vários concelhos da zona norte do país, que foram sucedendo nas semanas seguintes. O desenvolvimento investigatório permitiu identificar um grupo, que, de forma organizada e recorrendo a meios propositadamente angariados para a prática dos recorrentes crimes, sem ocupação criminal, apresentam vasto passado criminal, da tipologia dos ilícitos aqui em investigação e de outros, tendo já sido condenados e cumprido penas de prisão.
Através desta atividade delituosa, os homens enriqueceram ilegitimamente em centenas de milhares de euros, contabilizando-se da sua ação a subtração de dinheiro, ouro, relógios, aparelhos telemóveis, bem como outros objetos e documentos.
Com a investigação inicialmente titulada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Fafe e posteriormente pelo DIAP de Guimarães, realizaram-se diversas diligências de investigação, designadamente com utilização de meios especiais de obtenção de prova, cumprindo-se ainda buscas domiciliárias e não domiciliárias.
Nesta última operação foi possível recuperar cerca de trinta mil euros, documentos diversos, relógios, objetos de valor, ouro, moeda estrangeira, e ainda apreender viaturas, crachás, coletes, documentos de identificação contrafeitos, entre outros, alusivos à PJ.
Os três homens agora detidos, foram já presentes às autoridades para interrogatório judicial. Dois deles ficaram sujeitos à obrigação de apresentações periódicas bissemanais às autoridades locais e proibição de contactos, enquanto ao terceiro foi decretada a medida mais gravosa, prisão preventiva.