A empreitada de mais de 20 milhões de euros é financiada pelo PRR e vai “melhorar todos os indicadores do concelho”, que se encontra em franco desenvolvimento.
A cerimónia, que começou com uma curta intervenção do responsável pela empresa que vai executar a empreitada em 510 dias e que a classificou como “um projeto vital para o concelho”, ficou marcada pelas palavras do autarca de Viana do Castelo, que não poupou elogios aos que, de alguma forma, contribuíram para este “projeto complexo” que, agora, entra numa nova fase e que resulta de uma política de fomento da economia local.
“A governança e a proximidade permitem que se consigam infraestruturas que são determinantes para que se capte investimento para esta região”, explicou Luís Nobre, sublinhando que esta integra “um modelo de desenvolvimento assente na sustentabilidade, onde a mobilidade se mostra fundamental para o sucesso dos investimentos”. Este momento “histórico” vai permitir criar “uma infraestrutura absolutamente necessária para a conectividade do concelho porque une parques empresariais e apoio os agentes económicos”, vincou o autarca, terminando com a convicção de que “esta vem igualmente trazer inovação, modernidade e um futuro mais atrativo para que Viana do Castelo continue a crescer”.
A empreitada de “Construção da Nova Travessia do Rio Lima entre E.N.203 – Deocriste e a E.N. 202 – Nogueira” inicia junto ao campo de futebol da Torre, com a reformulação da interceção giratória de acesso à área de localização empresarial de Nogueira e à autoestrada A27, no sentido Viana do Castelo-Ponte de Lima. A travessia desenvolve-se na maior parte do percurso em tabuleiro de betão pré-esforçado, numa estrutura que permite minimizar os impactos na galeria ripícola e habitats incluídos na Rede Natura 2000.
A via termina na interceção giratória da EN 203, zona industrial de Deocriste, junto à empresa de produção de papel DS Smith (antiga Portucel), permitindo desviar o tráfego de viaturas pesadas da estrada nacional que tem sofrido com o aumento de tráfego provocado pela crescente atividade industrial deste complexo. Esta nova via permitirá sobretudo que as empresas situadas nas áreas de localização empresarial abrangidas pela nova travessia possam aumentar a sua capacidade expansionista com os novos investimentos previstos, apoiando particularmente a DS Smith, empresa britânica do setor da embalagem à base de fibra de papel.
Este investimento cirúrgico em fatores de competitividade que vão permitir desenvolver a atividade económica de Viana do Castelo, apoiar as empresas locais e facilitar a mobilidade de todos os vianenses, junta-se à construção da nova Via do Vale do Neiva, que também é financiada pelo PRR.