De acordo com o comunicado do conselho de ministros, para um mandato de três anos, foram ainda designados como diretora clínica para a área dos Cuidados de Saúde Hospitalares Maria Helena Leite Ramalho, António Nelson Gomes Rodrigues como diretor clínico para a área dos cuidados de saúde primário, Luís Miguel Alves Garcia para o cargo de enfermeiro diretor, e Lúcia Silva Marinho como vogal executiva.
João Porfírio Oliveira deixa a presidência do conselho de administração da ULSAM um ano e um dia depois de ter assumido o cargo, pelo que o Governo terá de indemnizar a administração que cessa funções.
Em comunicado, a Federação Distrital de Viana do Castelo do Partido Socialista já criticou a decisão.
“De nada valeram os indicadores assinaláveis, dignos de registo no todo nacional do Serviço Nacional de Saúde, apresentados pela até agora gestão da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM)“, lamenta, recordando que, “entre muitos aspetos, conseguiu ao nível dos Cuidados de Saúde Primários aumentar a taxa de utentes com médico de família para os 97,2%, ultrapassando a média nacional que se fica pelos 84%“.
“A equipa de João Porfírio Oliveira deixará a presidência do conselho de administração da ULSAM um ano e um dia depois de ter assumido o cargo, numa decisão do Conselho de Ministros de ontem que ignorou outros aspetos como os ganhos substanciais traduzidos também pelo aumento em 3% das consultas presenciais, da mesma forma que também cresceram os domicílios médicos em 5,1%“, continua, antes de enumerar mais exemplos.
“Na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, a administração, ainda em funções porque ainda não recebeu qualquer comunicação formal, conseguiu que a nível do Hospital Santa Luzia, em Viana do Castelo, se tenha registado o aumento em 4% nas primeiras consultas, bem como o aumento de 5% de intervenções cirúrgicas“, afirma.
“A título de exemplo das boas práticas do Hospital Santa Luzia, desde que a anterior administração tomou posse em final de janeiro do ano passado, todos os doentes oncológicos têm recebido tratamento dentro dos prazos estabelecidos, da mesma forma que os serviços de Obstetrícia e Ginecologia melhoraram e com um aumento de 2% dos partos na região do Alto Minho“, acrescenta.
O PS de Viana realçou ainda que os indicadores “se estendem ao Serviço de Urgência, que funciona bem e aumentou a resposta aos pacientes que o solicitam, mas que foram ignorados pelo atual governo da AD, numa clara insensibilidade para com as práticas de boa gestão hospitalar e, mais do que isso, para com os utentes do SNS no Alto Minho, o que no entender da Federação Distrital de Viana do Castelo do Partido Socialista trata-se de uma decisão inquietante e que muito poderá prejudicar os cuidados de saúde de todos os alto minhotos“.
“É, pois, com muita preocupação e apreensão que o PS de Viana do Castelo vê esta mudança que acaba com um período de estabilidade e com resultados“, conclui.