Perante uma sala cheia, Adriana Temporão apresentou algumas das problemáticas do Alto Minho, como por exemplo a mobilidade. Foi defendida a criação de uma rede de transportes regional, articulada e integrada com as redes municipais e de valorizar a ferrovia e a Linha do Minho com o centro de mobilidade regional.
Na área da saúde, discutiu-se a situação do serviço de Imagiologia da ULSAM, atualmente gerido por privados. O Bloco defende a sua internalização, garantindo maior controlo público e qualidade de serviço. Propôs-se ainda a descentralização de algumas consultas de especialidade para os Centros de Saúde, como resposta à escassez de transportes públicos para a capital de distrito.
Catarina Martins apresentou os três pilares fundamentais desta campanha: habitação, taxar os milionários e condições laborais para os trabalhadores por turnos. Destacou-se a necessidade de regulação do mercado da habitação, problema grave em concelhos como Monção, que registou o maior aumento de rendas do país, com um crescimento superior a 44%. Sublinhou-se também a urgência de taxar os milionários que continuam a fugir às suas obrigações fiscais em Portugal. Foi reforçada também a prioridade em defender os direitos dos trabalhadores por turnos.
A sessão contou com a participação ativa do público, que partilhou opiniões e preocupações sobre os temas debatidos. Discutiu-se ainda a importância da utilidade do voto e a forma como cada voto conta — não apenas para eleger, mas também para dar força e continuidade a projetos políticos, sendo o voto no Bloco o voto que nunca falha. Houve ainda tempo para refletir sobre o crescimento da extrema-direita, sobretudo entre os jovens, e sobre a urgência de a Esquerda encontrar formas mais eficazes de comunicar e mobilizar pessoas para as suas causas.