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09 Abr 2025

(Ex) vice-presidente do Chega de Viana acusa o Partido de “corrupção e compadrio”

Rádio Geice
Natividade Barbosa

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Natividade Barbosa, vice-presidente da Comissão Política Distrital do Chega de Viana do Castelo, em funções até dia 2 de abril, anunciou a desvinculação do partido, com acusações de “compadrio e corrupção”.

Em causa estão os nomes escolhidos para a lista de candidatos à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, às eleições legislativas de 18 de maio.

O partido Chega que se diz contra a corrupção e o compadrio, adota exatamente as mesmas práticas que diz combater. Ignora quem lutou desde o início, quem esteve presente nas ruas, nas lutas e nos momentos difíceis, para promover pessoas com currículo político duvidoso ou que veem na política apenas uma plataforma para os seus objetivos pessoais”, lê-se numa carta aberta, a que a Rádio Geice teve acesso.

A ex-dirigente, que nas eleições legislativas do ano passado foi número dois da lista pelo Alto Minho, foi convidada para ser número 3, este ano, tendo sido informada “pelo próprio Eduardo Teixeira que teria um lugar na estrutura nacional do partido, em Lisboa”.

Recusei de imediato, pois felizmente não preciso de migalhas e nem de mendigar, vivo bem com o meu trabalho, felizmente. Depois de tudo o que entreguei ao partido – da construção da base local até à presença nas ruas quando ninguém queria dar a cara – não aceitaria ser colocada atrás de quem nunca lutou nem construiu o que quer que fosse pelo Chega no Distrito de Viana do Castelo”, refere.

Natividade Barbosa detalha que apresentou toda “a documentação exigida pela Direção Nacional – situação regularizada perante a Segurança Social, Finanças e sem quaisquer processos ativos em tribunal.

No entanto, esta exigência, alegadamente intransigente, é pura fachada: o Chega continua a apresentar como cabeças de lista pessoas com dívidas avultadas e processos judiciais, como é o caso de Braga e Castelo Branco, o que considero vergonhoso e uma afronta aos princípios que o partido Chega diz defender”, condena.

No entanto, diz, “a surpresa maior” foi o anúncio de Mecia Martins, ex-vereadora do CDS na Câmara de Ponte de Lima, que é “amplamente conhecida pela população local de Ponte de Lima – não pelas melhores razões”.

Recorde-se que a sua atuação enquanto vice-presidente da Câmara de Ponte de Lima quase comprometeu a continuidade das Feiras Novas, evento de profundo valor cultural para os limianos. Tal decisão apenas demonstra o que venho denunciando: a falta de coerência, o compadrio e a crescente luta pelo poder pessoal, em detrimento de quem verdadeiramente acredita no projeto Chega e na regeneração do sistema político português”, acusa.

O povo reconhece quem tem princípios, quem lutou com verdade, quem não teve medo de dar a cara e expor-se quando ninguém mais o fazia. E é por respeito a esse povo que aqui coloco um ponto final na minha participação ativa nesta estrutura do partido Chega”, nota ainda Natividade Barbosa, acrescentando que não compactua “com sede de poder, com traições nem com jogos de bastidores“.

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