O projeto chama-se “Raízes do Tempo” e foi distinguido entre onze propostas apresentadas pelos estudantes do curso, no âmbito de uma parceria com o Município de Ponte de Lima.
“Raízes do Tempo” é uma homenagem ao tempo, à natureza e à identidade do território. Inspirado na simbólica árvore de plátano, presente na icónica avenida junto ao rio Lima, a peça representa, segundo Íris Lucena, “a ligação entre a natureza e a memória do lugar”. O troféu evoca o ciclo da vida, utilizando materiais como o aço, a madeira de carvalho e metais como alumínio, prata e latão, numa composição que reflete sustentabilidade, simbolismo e expressão artística.
“A árvore é uma força invisível que sustenta o futuro. Representa aquilo que plantamos hoje e que perdura no tempo”, acrescenta a estudante formada em Arquitetura Urbanística, no Brasil, e que encontrou na ESTG-IPVC o curso para prosseguir os seus estudos e a ambição de uma formação especializada. Todo o processo foi realizado manualmente pelas estudantes, com uma abordagem artesanal e atenta ao detalhe. “Foi muito enriquecedor poder ver as nossas ideias ganharem forma. Ficámos muito felizes por este reconhecimento”, afirma Ana Sofia David, natural de Ourém-Fátima, licenciada em Design do Produto pela ESTG-IPVC e agora a frequentar o primeiro ano do mestrado em design Integrado, na mesma Escola.
Orientadas pelos docentes Ana Curralo e Pedro Faria, as estudantes destacam o papel diferenciador do curso que estão a frequentar, porque lhes possibilita uma forte articulação com entidades externas. Ana Sofia David reforça, por isso, a importância da colaboração com o território. “Foi muito gratificante sermos selecionadas. Este projeto validou o nosso trabalho e a nossa dedicação. Durante a formação, temos contacto com desafios reais e isso é uma das grandes mais-valias do mestrado em Design Integrado. Desenvolvemos competências com aplicação imediata e criamos ligações com entidades externas”, revela.
Ambas são trabalhadoras-estudantes e veem nesta experiência um marco pessoal e profissional. “Este desafio foi especial. Quando nos apresentaram o briefing, os nossos olhos brilharam. Trabalhar com simbolismos, com materiais com os quais nos identificamos e ver o nosso projeto escolhido foi, sem dúvida, um momento marcante”, remata Íris Lucena.
A docente Ana Curralo e o professor Pedro Faria destacam este género de projetos como elementos fulcrais na complementaridade formativa dos alunos. “O Politécnico de Viana do Castelo reforça desta forma o seu compromisso com uma formação ancorada na prática, na colaboração institucional e na valorização dos estudantes como agentes criativos e transformadores da comunidade.”
O projeto “Raízes do Tempo” será entregue em novembro aos vencedores dos festivais, após votação do público.