Entre os dias 12 e 20 de agosto, Viana do Castelo prepara-se para um regresso em “grandiosidade habitual”, mas Luís Nobre faz questão de sublinhar que o sucesso do evento reside no facto de ser “preparada com a prata da casa”. Esta é a chave, segundo o autarca, para que a festa não seja apenas um evento de massas, mas uma experiência “para ser sentida e levada no coração”, assente em “memórias, fé, devoção, emoção e alegria”.
Na sua mensagem, o presidente destaca a ligação umbilical da romaria às “gentes do mar”, cuja devoção à Senhora da Agonia confere uma “genuinidade” e um “sentimento” que marcam profundamente todos os que visitam a cidade. É esta “alma e jeito de Ribeira” que, na sua perspetiva, transforma o evento numa “derradeira homenagem coletiva” e o distingue de qualquer outro.
Luís Nobre descreve a Romaria como o “abraço” de Viana do Castelo ao mundo, um abraço composto pelos quadros mais emblemáticos: as mordomas e o seu ouro, os cortejos monumentais e a “arrepiante Procissão ao Mar”. A par da fé, a cultura popular explode no arraial, no folclore, nos gigantones e nas bandas filarmónicas, que enchem as ruas de uma alegria contagiante.
O autarca aproveita ainda para enaltecer o trabalho “altruísta e abnegado” de todos os que organizam a festa, reconhecendo que é esse “carinho e cuidado” que garante a sua qualidade e alma.
Ao finalizar, Luís Nobre não lança apenas um convite, mas um desafio: que cada um dos esperados milhões de visitantes se torne um “verdadeiro embaixador” da cultura vianense. A sua mensagem é clara – a Romaria d’Agonia pode ter uma dimensão monumental, mas o seu coração continuará a bater ao ritmo da tradição, do orgulho e do amor de quem a faz.
Foto: Arménio Belo / Lusa