“A partir de dia 23 temos de garantir o serviço. Se estes 15 autocarros [de um total de 17] não chegarem a tempo, temos o plano B [alugar 10 autocarros por três meses]. Mas estamos empenhados em implementar o plano A e continuamos a trabalhar no plano A”, afirmou o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luis Nobre (PS), no fim da reunião extraordinária do executivo municipal realizada para aprovar o regulamento do serviço público de transportes municipal.
O documento que regula a municipalização dos transportes urbanos de Viana do Castelo foi aprovado com os quatro votos do PS, com o voto do PSD e da CDU, contando com as abstenções do CDS-PP e do independente Eduardo Teixeira.
Com o regulamento aprovado após 30 dias de discussão pública, “é preciso esperar que os autocarros cheguem, caracterizá-los, homologá-los e criar condições para que entrem em funcionamento”, explicou o presidente da Câmara.
“No dia 23 vamos ter transporte e vamos ter transporte melhor. Não existe um transporte de qualidade neste momento”, vincou.
Luís Nobre disse ainda que a intenção é “apostar num serviço de excelência”, senão “os utentes não aderem”.
A maioria socialista explicou que o serviço oferecido a partir de setembro vai ser monitorizado para avaliar potenciais ajustes em horários ou carreiras.
“Tivemos um financiamento 5,6 milhões de euros para implementar este serviço. Este era o momento certo para avançar e não aproveitar seria um ato de irresponsabilidade, porque não vai haver outro PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, disse.
A Câmara de Viana do Castelo aprovou em dezembro a adjudicação e a minuta do contrato para aquisição de 15 autocarros elétricos, no valor de 5,124 milhões de euros.
A concessão do serviço público de transporte coletivo de passageiros assegurada pela Transcunha – Transportes Rodoviários de Viana, Lda., do grupo Avic, termina em 22 de setembro.