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Há 23 horas

VianaFestas esclarece processo de inscrições para tradicional Desfile da Mordomia

Rádio Geice

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A VianaFestas, entidade organizadora da Romaria d’Agonia 2025, veio a público rejeitar as acusações de falta de transparência e manipulação no processo de inscrições para o tradicional Desfile da Mordomia, marcado para o dia 14 de agosto.

A reação surge após a criação de um movimento nas redes sociais que contesta a ausência de critérios claros na seleção das participantes, alegando que muitas mulheres vianenses ficaram de fora do desfile deste ano, o que gerou forte descontentamento. Algumas das excluídas ponderam agora organizar um desfile paralelo, como forma de protesto.

Este ano, o prazo para a inscrição neste número emblemático da Romaria d’Agonia começou no dia 16 e deveria terminar no dia 30, mas face ao número de vagas atingido (1000 mulheres), as inscrições encerraram no dia 18, o que terá deixado dezenas de vianenses de fora do desfile.

Perante a polémica, a VianaFestas divulgou uma nota de esclarecimento, a que a Rádio Geice teve acesso, onde considera “falsas e deturpadas” as informações que têm circulado nas redes sociais. No comunicado, a organização afirma ser “fundamental repor a verdade dos factos junto da opinião pública e de todos os que acompanham e vivem a Romaria”.

Segundo a entidade, devido à elevada procura registada nos últimos anos, foi definido um limite máximo de 1000 participantes no Desfile da Mordomia de 2025. Este número, segundo a VianaFestas, teve por base “a estrutura organizativa, os meios humanos e logísticos disponíveis, bem como a capacidade do percurso e dos espaços afetos ao evento”. A medida, garante, visa assegurar “a qualidade, segurança e dignidade da participação de todas as mordomas”.

A organização afirma ainda que o período de inscrições e respetivas condições foram anunciados com 10 dias de antecedência, permitindo às interessadas tempo de preparação. A gestão do processo foi atribuída a uma empresa especializada em tecnologias da informação, responsável pela plataforma digital de inscrições, que apenas permite o registo individual mediante a inserção obrigatória de dados pessoais e envio de uma fotografia com o traje tradicional.

As 1000 vagas disponíveis foram preenchidas “em dois dias, 20 horas e 10 minutos”. Todas as inscrições, segundo a VianaFestas, foram posteriormente analisadas individualmente por uma equipa técnica especializada em trajes vianeses, com “vasta experiência e idoneidade reconhecida”.

Nesse sentido, a organização abriu 32 vagas suplementares que foram preenchidas em poucos minutos após a abertura do processo a 16 de julho, às 20h00.

Relativamente à origem das participantes, a VianaFestas esclarece que das 1.000 inscritas, 784 são naturais do distrito de Viana do Castelo, 138 de outros pontos do país e 78 residem no estrangeiro, sobretudo descendentes de emigrantes portugueses. A entidade sublinha que esta representatividade reflete “a projeção internacional da Romaria e o orgulho com que é vivida além-fronteiras”, rejeitando qualquer desequilíbrio regional.

“A Romaria d’Agonia é dos vianenses, dos portugueses e de todos os que nela queiram participar com respeito e pela tradição”, lê-se na nota.

O assunto foi também levado à reunião do executivo vianense desta quarta-feira, onde os vereadores da oposição manifestarem “preocupação” com a polémica gerada, no período antes da ordem de trabalhos.

Em resposta, o vereador da Cultura, que é por inerência o presidente da VianaFestas, leu o comunicado emitido pela entidade organizadora da Romaria, acrescentando ainda  que “é falso que pessoas da Ribeira tenham sido impedidas de se inscrever”, negando também a existência de uma fábrica de trajes regionais de Viana, em Lisboa, que ocupou grande parte das vagas.

Já no final da ordem de trabalhos, no período aberto ao público, duas mordomas apelaram à abertura de novas vagas.

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