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01 Ago 2025

Vindimas 2025: Precoce, com menos produção mas com otimismo na qualidade

Rádio Geice

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A região dos Vinhos Verdes prevê uma redução de 5%

A vindima de 2025 em Portugal arrancou mais cedo em várias regiões, mas será marcada por uma quebra significativa na produção nacional, estimada em cerca de 11% em relação ao ano anterior. A principal causa para esta redução foram os surtos de míldio que afetaram as vinhas, consequência de uma primavera atipicamente chuvosa e com temperaturas amenas. Apesar da redução no volume, os produtores mantêm o otimismo quanto à qualidade das uvas colhidas.

Em algumas zonas do país, como o Alentejo, a campanha de colheita iniciou-se logo na primeira quinzena de julho. Esta antecipação deve-se às condições climatéricas que aceleraram o ciclo vegetativo da vinha, desde a rebentação até à maturação.

No entanto, a instabilidade meteorológica durante a primavera, com precipitação intensa, comprometeu a floração e o vingamento em muitas vinhas, criando as condições ideais para o desenvolvimento de doenças fúngicas, com especial destaque para o míldio. Este fator é o principal responsável pela previsão de quebra na produção, que segundo o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), deverá rondar os 6,2 milhões de hectolitros, um valor também 12% abaixo da média das últimas cinco campanhas.

As quebras mais acentuadas são esperadas em três das maiores regiões produtoras do país: Douro (-20%), Lisboa (-15%) e Alentejo (-15%), que, em conjunto, representam uma diminuição de mais de 650 mil hectolitros. A região dos Vinhos Verdes também prevê uma redução de 5%, assim como o Tejo, a Península de Setúbal e Trás-os-Montes.

Em contrapartida, nem todas as regiões foram afetadas da mesma forma. O Dão antecipa um aumento de 15% na produção, e a Beira Interior espera um crescimento de 10%. A região dos Açores destaca-se com uma previsão de aumento surpreendente de 105%. Na Bairrada e em Távora-Varosa, a produção deverá manter-se estável.

Apesar da quebra na quantidade, há um otimismo generalizado em relação à qualidade das uvas, especialmente se as condições meteorológicas se mantiverem favoráveis, sem ondas de calor extremas até ao final da vindima. Em muitas vinhas onde os tratamentos fitossanitários foram aplicados atempadamente, o estado sanitário das uvas é considerado bom.

Os produtores enfrentam, assim, uma campanha de desafios, onde a “sorte está lançada” — Alea Iacta Est —, mas com a esperança de que a qualidade dos vinhos de 2025 compense a menor quantidade produzida.

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