Criado em 2010 pela Fundação Manuel António da Mota, o prémio reconhece anualmente organizações que se destacam nos domínios da inclusão, inovação e solidariedade. Em 2025, sob o lema “Sempre Solidários”, a 16.ª edição distingue iniciativas que se notabilizam na luta contra a pobreza e exclusão social, acolhimento de migrantes e refugiados, valorização do interior, saúde, educação, emprego, apoio à família, transição digital e climática, entre outros.
Entre os 10 projetos finalistas, será atribuído um prémio pecuniário de €50.000 ao vencedor, €25.000 ao segundo classificado, €10.000 ao terceiro, e €5.000 às sete menções honrosas. A cerimónia de entrega está agendada para novembro, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
Desenvolvida com base em inteligência artificial e concebida especificamente para responder aos desafios normativos, técnicos e operacionais das IPSS e entidades conexas, a Elisa representa uma resposta concreta e estratégica a um problema estrutural que afeta milhares de organizações e centenas de milhares de utentes em todo o país.
Criada para democratizar o acesso à informação normativa e técnica, promover a capacitação dos profissionais e apoiar a modernização do setor social, a Elisa disponibiliza respostas claras, atualizadas e contextualizadas em linguagem natural, com base em fontes oficiais e interpretadas por um motor de IA conversacional.
Este projeto, não lucrativo e de elevado valor público, foi desenvolvido pelo Centro Paroquial e Social de Lanheses em parceria com a Microsoft Portugal, através do seu programa de filantropia, com a Visual Thinking e com o apoio institucional da Diocese de Viana do Castelo.
O projeto está fortemente alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, nomeadamente nas áreas da educação de qualidade, trabalho digno, redução das desigualdades e instituições eficazes.
A Elisa foi desenhada para ser modular, escalável e acessível online, permitindo que qualquer instituição social, independentemente da sua dimensão ou localização, possa beneficiar da mesma qualidade de apoio técnico e normativo. A sua implementação representa um passo decisivo na transição digital do setor social, promovendo a equidade territorial, a inclusão digital e a melhoria contínua dos serviços prestados.
“Recebemos esta nomeação com profunda humildade, mas também com um sentimento de honra e responsabilidade. A Elisa representa uma solução que nasce da realidade concreta das IPSS e da vontade de transformar o setor social com ferramentas acessíveis, eficazes e centradas nas pessoas. É mais do que tecnologia: é um compromisso com a dignidade institucional, com a valorização dos profissionais e com a construção de um futuro mais justo e eficiente para todos”, refere Vasco Araújo, Diretor Executivo do CPSL e responsável pelo projeto Elisa.