O concurso recebeu mais de 180 candidaturas, de entre as quais o júri selecionou 29 obras finalistas para integrar a exposição itinerante que percorrerá diversos municípios do Eixo Atlântico até dezembro de 2026. A mostra inaugural é em Viana do Castelo, Capital da Cultura do Eixo Atlântico em 2025, e ficará patente ao público, no Museu de Artes Decorativas, até 28 de janeiro de 2026.
A presidente do júri, Gosia Trebacz, destacou o papel estruturante da Bienal no contexto artístico da Eurorregião: “É um trampolim para que artistas emergentes e consagrados mostrem as suas obras na nossa preciosa “esquina” atlântica. Fomenta a criatividade, o intercâmbio de ideias e o diálogo entre a Galiza e o Norte de Portugal.”
Sobre a qualidade global das candidaturas apresentadas, Trebacz acrescentou: “Encontramos um nível elevado, e a seleção dos finalistas foi tanto difícil como emocionante. Cada participante mostrou na sua proposta toda a sua paixão e sensibilidade artística.”
Na cerimónia de anúncio dos vencedores, o artista premiado expressou a sua visão sobre o trabalho distinguido: “A minha atenção não vai para a técnica de pintura, vai antes para a minha intuição e respeito pela minha forma única de ver o mundo. Fico feliz por ver reconhecido o meu trabalho, que é também um processo de crescimento pessoal. Acho que foi essa sensibilidade e profundidade transmitida pela obra que motivaram o júri a atribuir o 1.º prémio.”
Acácio Viegas destacou ainda a dimensão conceptual da obra vencedora: “A composição sugere que a verdadeira liberdade surge da revelação do inconsciente, individual e coletivo, e que só através da reflexão e do descondicionamento podemos transcender os limites visíveis. É por isso que a obra apresenta duas leituras, antes e depois de iluminada, revelando as diferentes camadas que a compõe, relembrando que somos seres racionais, mas também espirituais”
A XV Bienal de Pintura do Eixo Atlântico é cofinanciada pelo programa INTERREG ES-PT (POCTEP) 2021-2027 e conta com o apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, I.P., do Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. e da Xunta de Galicia.
A Bienal consolidou-se como uma plataforma de referência para a promoção da pintura contemporânea na região, contribuindo para a dinamização cultural, o reconhecimento de talento artístico e a circulação de obras e artistas no espaço ibérico atlântico.