Na Escola Superior Agrária (ESA-IPVC), a estudante integrou um projeto dedicado ao reaproveitamento de subprodutos da vinicultura das regiões de Ponte de Lima e Ponte da Barca, participando em várias fases do processo científico, desde a separação de componentes aos testes laboratoriais e à caracterização dos materiais. Apesar dos desafios inerentes a uma deslocação para o lado de cá do Atlântico, Letícia Rodrigues fala do contacto com novas metodologias e equipamentos, que lhe permitiram “ampliar” a sua visão e experiência profissionais. “O trabalho que foi desenvolvido na Escola Superior Agrária permitiu-me ter acesso a técnicas que nunca tinha utilizado no Brasil, o que reforçou a minha preparação para futuros contextos académicos e profissionais”, descreve a estudante.
Se a vertente académica teve um papel determinante na adaptação a um contexto diferente, a integração pessoal também foi essencial para o resultado. Letícia Rodrigues fala da convivência diária no laboratório, aliada ao apoio de todas as pessoas com as quais se cruzou. “Foi muito bom para a minha integração e até para a criação de um sentimento de pertença. Senti-me verdadeiramente acolhida e houve uma grande proximidade a todos os meus colegas, aos professores e ao pessoal não docente, o que facilitou tanto o trabalho de investigação como a vivência quotidiana no IPVC.”
Mas a estadia em Portugal foi muito além dos muros da Escola Superior Agrária, em Ponte de Lima. Letícia Rodrigues aproveitou os meses em Portugal para viajar. Entre diferentes pronúncias, rotinas académicas novas e hábitos gastronómicos que aprendeu a apreciar, a estudante do Instituto Federal de Santa Catarina aproveitou a experiência de internacionalização para enriquecer e crescer culturalmente. “Entre Escola, trabalho no laboratório, convivência no alojamento e viagens ocasionais, sei que regresso uma pessoa diferente, com maior autonomia, mais responsável e mais confiante.”
A experiência de Letícia Rodrigues vai ao encontro de uma das linhas matriciais do Politécnico de Viana do Castelo: promover a internacionalização e a mobilidade dos seus estudantes, docentes e não docentes, mas também assentar a sua ação em políticas que permitam receber estudantes e profissionais de outras instituições de ensino, numa troca constante de práticas, experiências formativas, metodologias e aprendizagens.