Em comunicado, a FPC assumiu estar “a trabalhar para que a Volta a Portugal possa realizar-se entre 27 de setembro e 5 de outubro“, acrescentando que “a nova data já está inscrita no calendário da União Ciclista Internacional (UCI)”.
A edição de 2020 da principal corrida velocipédica nacional, que deveria decorrer entre 29 de julho e 9 de agosto, foi adiada, em 25 de junho último, para datas a determinar, tendo, segundo o anúncio de hoje, sofrido uma redução para nove dias de prova – eram 11 com um dia de descanso.
“O presidente da FPC, Delmino Pereira, e o diretor da Volta a Portugal, Joaquim Gomes, foram recebidos em audiência pelo Chefe de Estado, sensibilizando-o para o valor estratégico e para o interesse nacional da Volta a Portugal“, frisou o organismo que rege o desporto velocipédico nacional.
Segundo o comunicado, a “FPC assumiu a responsabilidade de colocar o evento na estrada”, devido à importância para a modalidade e pelo “sentimento geral da comunidade velocipédica nacional”, enaltecendo ainda a importância do evento para “a vivência sociocultural dos portugueses e para a dinamização da economia, ao longo dos diferentes territórios locais unidos pela caravana da corrida”.
“Mais ainda num ano como este, em que as dinâmicas internas de turismo e ocupação hoteleira são essenciais para a economia do país. O ciclismo pretende dar o seu contributo“, vincou a FPC, comprometendo-se “a criar um evento seguro, aplicando as normas acordadas com a Direção-Geral da Saúde (DGS)”.
Em 25 de junho último, a Podium Events, em comunicado conjunto com a FPC, anunciou o adiamento da corrida, devido à pandemia de covid-19, “tendo em conta as manifestações públicas e particulares de não autorização da passagem e permanência da Volta a Portugal em bicicleta por diversos municípios integrantes do percurso da prova”.
“A Podium e a FPC estão neste momento a equacionar outros cenários e a procurar ativamente encontrar com os seus parceiros uma data alternativa para a realização do evento, ainda em 2020″, frisaram, na ocasião, as duas entidades.
A realização da Volta tinha recebido ‘luz verde’ da DGS e do Governo, atendendo às orientações para a retoma de competições ao ar livre de modalidades individuais e à aprovação do plano sanitário para a prova.
No entanto, as Câmaras Municipais de Viana do Castelo e Viseu anunciaram que não receberiam a passagem da corrida nos seus concelhos.
O calendário velocipédico esteve suspenso desde meados de março, devido à pandemia de covid-19, e foi retomado em 05 de julho, com uma prova de reabertura, em Anadia.
Na terça-feira passada, a 43.ª edição do Troféu Joaquim Agostinho foi adiada para 19 e 20 de setembro, após ter sido detetado um caso positivo de covid-19, obrigando a um período de quarentena para vários membros da organização.