FECHAR
Logo
Capa
A TOCAR Nome da música AUTOR

Regional

13 Ago 2022

Ambientalistas repudiam “eucaliptização” de áreas de mato

Pedro Xavier

Acessibilidade

T+

T-

Contraste Contraste
Ouvir
As organizações ambientalistas Acréscimo e Zero repudiaram o que chamam a "eucaliptização" de áreas de mato, defendida por representantes de empresas de celulose, e dizem ser tudo uma questão monetária.

Na verdade, o que está em causa é um aspeto pecuniário, ou seja, é mais barato plantar em áreas de mato do que replantar atuais áreas de eucaliptal abandonado ou mal gerido, sendo que a diferença de custos ronda valores por hectare 50% superiores nas replantações”, dizem as associações num comunicado.

O comunicado das associações ambientalistas surge na sequência de uma notícia recente, segundo a qual proprietários florestais e indústrias da celulose pediram o aumento da área de eucalipto e de outras espécies de árvores de crescimento rápido em zonas de mato abandonadas para reduzir o risco de incêndio e desenvolver o setor.

“A área devia ser aumentada e não reduzida”, afirmou à agência Lusa Luís Damas, presidente da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF), como também defendeu a Associação da Indústria Papeleira – Celpa.

A Acréscimo e a Zero manifestam no comunicado “total repúdio por esta tentativa de criar pressão sobre o Governo para voltar a desregulamentar as arborizações com eucalipto, quando o que verdadeiramente está em causa é a existência de um passivo ambiental que a indústria não tem qualquer intenção de solucionar mas sim de acentuar”.

As associações explicam que as áreas de eucaliptal mal gerido e abandonado representam cerca de dois terços da área total de eucalipto em Portugal, 560 mil hectares de um total de ocupação oficial de 845 mil hectares.

 

App Geice Fm
App Geice Fm

Últimas Noticias

Últimos Podcasts