O autarca afirmou que estas exposições “fazem parte da nossa identidade e história”. “A cidade sempre se projetou através do Mar. A história é cíclica e, por isso, estamos novamente a interpretar a nossa identidade através do mar, aproveitando agora os ventos noutra direção e dimensão, nomeadamente para a produção de energia”, afirmou, defendendo a “consolidação da literacia e da relação dos vianenses com o Mar”.
O Vereador da Cultura, Manuel Vitorino, assegurou que esta data simbólica corresponde a um “momento importante” no ano em que o Museu de Artes Decorativas celebra 100 anos de existência. Explicou que, para a abertura destas exposições, foram realizadas “obras que trataram patologias” dos espaços, preparando as salas para “este momento de reafirmar a importância deste museu”.
O Museu de Artes Decorativas está instalado num solar urbano situado no largo de São Domingos, onde também fica a Igreja do convento da mesma evocação. O Edifício foi mandado construir em 1724 pelo cónego António Felgueiras Lima e nele ficava hospedado o arcebispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles, quando se deslocava a Viana, a banhos. Mais tarde, foi comprado pela família Barbosa Teixeira Maciel, ficando conhecida pela Casa dos Barbosa Maciel. Trata-se de um belo edifício de linhas barrocas, embora com elementos clássicos, como são os frontões triangulares que encimam as janelas.
O museu tem um dos mais importantes acervos de artes decorativas, através das coleções de mobiliário (peças dos estilos D. João V, D. José e D. Maria ou de verdadeiros tesouros que são os contadores e outras peças indo-portugueses) e louça (com uma coleção de peças das melhores fábricas históricas de todo o país, com uma especial incidência na fábrica de Viana, de que detém uma das mais importantes coleções nacionais).