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A Direcção-Geral da Sustentabilidade da Costa e do Mar de Espanha “está disposta” a fazer as dragagens necessárias para assegurar a navegabilidade do canal do ferry-boat que liga Caminha a A Guarda, foi anunciado esta terça-feira. O anúncio foi feito, em comunicado, pelo alcaide de A Guarda, José Manuel Domínguez Freitas, que sublinha que aquela Direcção-Geral pretende avançar com as dragagens “a curto prazo”, apenas precisando da autorização da Junta da Galiza e do Governo português.
“Aguardamos a máxima diligência por parte de todos, para que o dragagem comece o quanto antes”, acrescenta o autarca galego. A presidente da Câmara de Caminha, Júlia Paula Costa, tinha ameaçado parar o “ferry” a partir de quinta-feira, por falta de condições do canal de navegação, devido ao assoreamento. A autarca de Caminha sublinhou que a responsabilidade das dragagens cabe, desde 2008 e por 10 anos, à Direção-Geral do Mar e da Costa de Espanha, mas, acusou, este organismo só as fez nos dois primeiros anos, pelo que o canal se apresenta, actualmente, “completamente assoreado”. Júlia Paula Costa mostra-se satisfeita com a intenção espanhola de não cessar as dragagens, mas lembrou que a última resolução de 2009 assinada por entidades competentes dos dois países ainda vigora e ainda não foi cumprida por Espanha, pois ainda faltam executar dragagens assumidas naquele documento. A autarca pede um compromisso escrito da parte de Espanha em que garanta que um concurso público vai avançar e que as dragagens vão ser iniciadas em determinada data, de forma a dar garantias à entidade gestora do ferryboat – a Câmara de Caminha – para não encerrar o ferryboat.
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