Abre este sábado ao público a Bienal de Artes de Arcos de Valdevez “D’Art Vez”, iniciativa que vai juntar cerca de 90 artistas plásticos naquela que é uma das mais antigas bienais de Arte do Alto Minho, realizada há já 40 anos na vila arcuense. A abertura ao público decorre na Casa das Artes de Arcos de Valdevez, numa edição que pretende fazer uma homenagem a um dos maiores vultos artísticos portugueses da segunda metade do século XX, o escultor e pintor José Rodrigues, falecido em setembro do ano passado.
Este tributo especial da edição 2017 da bienal de Arcos de Valdevez é, em simultâneo, o reconhecimento do concelho pela sua importância nacional, mas também pelo facto de José Rodrigues ter materializado em território arcuense diversos trabalhos escultóricos, com destaque para o monumento equestre dedicado ao Recontro de Valdevez de 1141, colocado em pleno Campo do Trasladário, considerado como uma das suas melhores realizações e uma verdadeira referência da escultura em bronze do século passado. Nos Arcos de Valdevez o escultor José Rodrigues assinou também uma peça de grande proporção, colocada numa das rotundas principais de acesso à vila, dedicada à figura de Manuel Himalaya, figura maior da ciência e da ecologia portuguesa, nascido em Arcos de Valdevez nos finais do século XIX, entre outras realizações, como o busto parietal dedicado ao escritor Tomaz de Figueiredo, localizado na biblioteca local.
Patente até 28 de janeiro de 2018, a “D’Art Vez” congrega diversos trabalhos escultóricos, pintura e instalações de vários artistas nacionais e internacionais de diferentes gerações, sendo um encontro informal de sensibilidades e opções artísticas.
Este ano a mostra estará dispersa pela Casa das Artes arcuense, pelo Espaço Queiroza e pela Capela da Praça, edifício do século XIV, numa dinâmica expositiva inovadora e original.